Os pagamentos via PIX caíram nas graças dos brasileiros após o seu lançamento em 2020. Por proporcionar mais comodidade e zero custo, só no primeiro ano foram mais de 104 milhões de cidadãos que utilizaram a ferramenta pelo menos uma vez. Agora, com o objetivo de trazer mais uma funcionalidade para a vida dos brasileiros, chegou o PIX parcelado. 

Conhecido como PIX Garantido, a modalidade ainda não foi oficialmente lançada pelo Banco Central. No entanto, diversas instituições financeiras e de pagamento já oferecem a opção para os seus clientes. 

Usuários do Banco Santander, por exemplo, podem dividir uma compra via PIX parcelado em até 24 vezes, com juros a partir de 2,09% ao mês e condição de débito automático das parcelas.

Nas fintechs Digio e PicPay, o consumidor tem a opção de transformar o saldo do cartão de crédito em pagamentos via PIX. Optando por esse caminho, aplicam-se as regras e os juros da modalidade crédito sobre os valores. Já no Mercado Pago, as taxas de juros são a partir de 2,5% e variam conforme o histórico financeiro de cada cliente. 

Apesar do PIX parcelado parecer uma boa alternativa para quem não tem acesso a um cartão de crédito, especialistas financeiros alertam para o uso da ferramenta. Isso porque o parcelamento em excesso pode desencadear em um descontrole financeiro e uma possível dívida futura. 

Antes de mais nada, é essencial ter um bom planejamento financeiro. O PIX parcelado funciona da mesma forma que uma compra dividida em um cartão de crédito, mas com adicional de juros e desconto em débito automático. Por isso, é importante garantir o pagamento das prestações para que, na ausência de limite, não entre no cheque especial. 

Um dos maiores erros dos consumidores, segundo a professora Cláudia Yoshinaga, é considerar o limite de um cartão de crédito como parte da sua renda mensal, e não como um empréstimo a curto prazo. Com o PIX parcelado, o cidadão corre o risco de fazer a mesma associação. 

Sendo assim, ter um controle de gastos também ajuda nessas situações. Estipular um teto mensal e guardar todos os recibos das transferências efetuadas pode ser uma boa saída. Efetuar a soma de valores sempre que houver a utilização do recurso passa a sensação de ver o dinheiro sair, e pode reduzir gastos desnecessários. 

Por fim, confira o conteúdo recomendado abaixo com mais informações sobre os parcelamentos via PIX. Assim, você também fica sabendo qual modalidade apresenta mais vantagens ao consumidor: o PIX ou o cartão de crédito.